Rescaldo BLAST Pro Series Lisbon 2018

No passado dia 15 de dezembro, decorreu na Altice Arena o maior evento de esports a que o nosso país já assistiu. Tal como já tínhamos anunciado neste artigo, a final do BLAST Pro Series 2018 foi disputada em Lisboa e não poderíamos deixar de marcar presença. Fomos convidados para assistir como imprensa, oportunidade essa que não poderíamos desperdiçar. Assim sendo, muito depois de toda a gente, hoje vamos fazer um rescaldo da nossa experiência no BLAST Pro Series Lisbon 2018!

A Viagem

O BLAST Pro Series decorreu na capital portuguesa, tendo sido necessária uma grande deslocação da nossa parte. No entanto, não havia distância que nos fizesse perder esta oportunidade. Também fomos convidados a comparecer no dia 13, onde teríamos oportunidade de entrevistar os jogadores. Infelizmente, não foi possível comparecer neste dia. Gostaríamos de ter participado no dia de imprensa, mas dia 15 compensou e de que maneira.

Foi de autocarro que fizemos a viagem e nunca nos passou pela cabeça que pudesse ser tão rápido e confortável. Da próxima vez que se quiserem deslocar para um evento, não descartem esta hipótese à partida como nós inicialmente fizemos.

A Organização

Do que nos foi possível verificar, a organização do evento esteve ao mais alto nível. Foi muito fácil recolher o passe de imprensa e a entrada no recinto estava bastante bem assinalada. Não houve grandes filas de espera e lá dentro fomos prontamente indicados para onde deveríamos ir, dado que não sabíamos onde nos deveríamos sentar até entrarmos. Já no recinto, os lugares de imprensa estavam bem assinalados e tínhamos uma boa vista lateral para o palco onde toda a ação iria decorrer.

O Evento

O evento não desiludiu, tendo sido uma experiência fantástica. Todo o palco e respetivos “efeitos especiais” só contribuíram para a imersão dos espectadores. Os ecrãs onde os jogos foram transmitidos eram excelentes, permitindo assim que fosse realmente vivido o que se passava dentro do servidor. Quando não havia partidas a decorrer, a animação reinava dentro do Altice Arena. Estava tudo pensado ao pormenor, de forma a manter sempre o espectador ocupado e entretido. Outra prova da boa organização do evento era a facilidade que os espectadores tinham em se deslocar até ao exterior em qualquer eventualidade.

Na nossa opinião, Portugal portou-se lindamente ao receber um evento desta envergadura. Os espectadores estiveram ao rubro e vibraram durante todo o dia. Por outro lado, também os casters estiveram mais do que à altura. Apesar da controvérsia inicial, Zorlak e BhT estiveram em perfeita sintonia para comentarem todos os grandes jogos a que assistimos. Era notório o trabalho de ambos para cooperarem. A eles, os nossos parabéns!

Os Jogos

No dia 14 foram jogados 2 rounds da fase de grupos. Vamos focar-nos especialmente nas partidas a que assistimos no dia 15, mas destacamos as vitórias de Astralis e Cloud9 em ambos esses rounds. Para quem não estiver familiarizado com o BLAST Pro Series, decorrem nos ecrãs gigantes 3 jogos ao mesmo tempo. O cast é feito ao jogo que estiver a decorrer no ecrã principal. Para alegria dos espectadores, foram transmitidos neste ecrã os jogos dos MIBR dos 3 restantes rounds.

Fase de Grupos

No Round 3 da fase de grupos os MIBR empataram com os FaZe, dificultando assim o seu sonho de passar à grande final. Os Astralis continuaram na sua onda invicta e os Na’vi surpreenderam os Cloud9 ao derrotá-los por 16-10. Os mesmos Na’vi venceram os FaZe na partida do Round 4, enquanto os Cloud9 regressaram às vitórias e os Astralis voltaram a causar estragos, desta vez aos MIBR. No último round da fase de grupos, já não havia chances para os MIBR passarem à final. No entanto, os favoritos do público conseguiram finalmente uma vitória, vencendo por 16-2 os Na’vi. FaZe e NiP empataram e os Astralis venceram os Cloud9 por 16-14, mesmo já não precisando de o fazer para se apurarem.

A fase de grupos terminou com os Astralis a somarem 15 pontos em 15 possíveis. Em 2.º lugar passaram os Na’vi com 9 pontos, graças à vitória face aos Cloud9 no Round 3. Os Cloud9 terminaram também com 9 pontos, seguidos dos MIBR com 7, FaZe com 2 e os NiP com 1.

Pro Standoff

Por terem terminado a fase de grupos em 3.º, os Cloud9 apuraram-se para o Pro Standoff. Neste jogo, cada jogador é colocado numa partida 1v1, tendo apenas uma arma ao seu dispor. Vence a partida o jogador que chegar primeiro às 7 kills. A equipa vencedora do Pro Standoff é decidida somando todas as kills nas diferentes partidas. O prémio deste Pro Standoff foi de 20 mil dólares, tendo os Cloud9 decidido que os iriam disputar contra os FaZe. Os espectadores ficaram um pouco desiludidos por não voltarem a ver os MIBR no servidor, mas os Cloud9 e os FaZe proporcionaram um belo espetáculo.

A primeira partida foi disputada entre RUSH e rain, sendo a M4A4 a arma disponível. A vitória foi para rain, tendo vencido por 7-6. Seguiram-se kioShiMa e NiKo que colocaram a sua mira à prova com a Desert Eagle. NiKo levou a melhor por 7-3. A arma seguinte foi a AK47, empunhada por refrezh e olofmeister. Pela 1.ª vez o jogador dos Cloud9 levou a melhor, tendo vencido por 7-6. A partida de CZ75 colocou frente a frente flusha e karrigan, tendo a vitória ido para o jogador dos FaZe. A última partida do Pro Standoff foi disputada com AWP e colocou autimatic e GuardiaN no servidor. A vitória caiu para o lado dos Cloud9 por 7-3, mas não impediu a derrota final.

O Pro Standoff terminou 28-30 a favor dos FaZe, que levaram assim o prémio para casa. Os Cloud9 terminavam assim a sua prestação com um sabor agridoce por não terem conseguido vencer a partida a que tiveram acesso por terminarem a fase de grupos em 3.º lugar.

Grande Final

A grande final colocou frente a frente os invictos Astralis contra os Na’vi. Na escolha de mapas tivemos um momento caricato, mas acabou por se decidir Overpass, Cache e Dust II.

Overpass foi uma surpresa, tendo os Na’vi vencido por 16-7. Os Astralis começaram a CT, tendo sido “atropelados” nuns impressionantes 11-4. Já do lado T, não conseguiram mais do que perder por 3-5.

A tensão no recinto era visível. Muitos espectadores estavam à espera de uma surpresa, fazendo-se ouvir cânticos de apoio aos Na’vi. No entanto, o “rolo compressor” chamado Astralis chegou e Cache caiu para o seu lado num 16-9. Os dinamarqueses começaram a CT novamente, tendo vencido por 10-5. Já a T, fecharam o jogo ao vencerem por 6-4.

O 3.º e último jogo do dia seria disputado em Dust II. Os espectadores estavam super entusiasmados por assistirem a este mapa tão conhecido no nosso país. Os Astralis não deram qualquer hipótese a CT, vencendo por 12-3. Esperava-se por um milagre do lado dos Na’vi, mas estes não conseguiram ir além de uma derrota por 4-1 enquanto defendiam. Terminava assim a grande final com este 16-4, ficando 2-1 em vitórias para os Astralis.

E vocês, o que acharam do BLAST Pro Series Lisbon?

O BLAST Pro Series teve Lisboa como o grande palco para a sua final. Foi assim possível assistir a CS do mais alto nível no nosso país, algo que cada vez mais tem vindo a acontecer. Esperamos que daqui para a frente os organizadores olhem para Portugal como um local viável para os seus eventos, pois este foi um espetáculo sem igual!

Tudo correu bem, tendo o nosso país deixado boa impressão. Para além da organização, também os jogadores ficaram impressionados com os nossos espectadores. Portugal entra ainda para a história como o palco que coroou pela 1.ª vez um vencedor consecutivo. Os Astralis conseguiram vencer o seu 2.º BLAST seguido, terminando ainda com Magisk a MVP.

Da nossa parte temos um enorme orgulho de poder dizer que fizemos parte deste evento memorável. Foi fantástico termos recebido convite de imprensa. Esperamos poder repetir esta experiência daqui para a frente, pois foi, sem dúvida, incrível. Digam-nos se estiveram presentes ou se assistiram em casa. Queremos saber como foi a vossa experiência no BLAST Pro Series e o que esperam do próximo grande evento no nosso país.

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